terça-feira, 28 de agosto de 2007

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Drummond diz do amor que todos sentimos alguma dia, o amor que não cobra e não quer ser cobrado (e se diria do amor de mãe) mas, creio que, aqui, não esse apenas. É do amor sem razão que ele diz, e faz um joguete que podemos ler de 'cem' razões numéricas para o amor ou o amar e 'sem' razão nenhuma para o amor ou o amar, amor não se paga, é dado de graça, então, porque tento explicar?
Profª Karol

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

ENIGMA

Faço e ninguém me responde
esta perguntinha à-toa:
Como pode o peixe vivo
morrer dentro da Lagoa?
16/06/1973
Dava pra fazer um tratado filosófico e outro ecológico sobre esse poema... rs... Vejamos o que sai:
um enigma não é uma pergunta sem resposta... É uma pergunta que espera uma resposta... Como pode um excelente plano dar errado? Como pode um grande amor acabar? Como pode um sonho perfeito virar pesadelo? São enigmas que, apesar de tanta evolução, a humanidade ainda não consegue responder... O que sabemos é, mesmo que planejemos tudo, alguma coisa pode fugir do controle, desencadear uma série de problemas, e findar como um grande fracasso... Drummond não nos dá resposta, mas faz a pergunta certa... E seja lá quem controla o mundo - Deus, o acaso, o destino, forças magistrais ou apenas uma criança brincando com sua bola pelo espaço... -, por favor responda! Como pode...? Ou vai ver que foi só porque alguém poluiu a lagoa... rs...
Um peteleco na orelha e um piparote no nariz de todos vcs!
Profª Deusa