Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Drummond diz do amor que todos sentimos alguma dia, o amor que não cobra e não quer ser cobrado (e se diria do amor de mãe) mas, creio que, aqui, não esse apenas. É do amor sem razão que ele diz, e faz um joguete que podemos ler de 'cem' razões numéricas para o amor ou o amar e 'sem' razão nenhuma para o amor ou o amar, amor não se paga, é dado de graça, então, porque tento explicar?
Profª Karol