quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Eu quisera ver o mundo

Eu quisera ver o mundo
como o vê Sérgio Bernardo
ver, no mundo, os muitos signos
que vigiam sob as coisas.
Sentir, sob a forma, as formas,
os segredos da matéria,
mais a textura dos sonhos
de que se forma o real.
Ver a vida em plenitude
e em seu mistério mais alto
decifrar a linha, a sombra,
a mensagem nao ouvida
mas que palpita na terra.
Eu quisera ter os olhos
que assim penetram (poder da imagem)
um conhecimento humano.


A admiração que Drummond tem por Sérgio Bernardo, é sincera. Drummond respeita a visão que Sérgio Bernado tem, ele nao vê somente a matéria, vê além dela, interessando pelo significado das coisas simples, saber os vários significados de um ato, sentir, provar sem medo de se arrepender. Ele acredita tanto nos sonhos que os torna reais reais, esta fé nos sonhos faz com que todos ao seu redor acreditem nos sonhos, motiva-os a ir atrás buscando seus ideais sem medo, vivendo sua vida intensamente sem se lamentar do que já fez, buscando novidades, quer saber tudo, entender a alma humana, o que se passa na mente de cada um. E mostrar para todos como ele vê o mundo, projetando sua visão para todos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amor


O ser busca o outro ser, ao conhece lo
acha a razão de ser, já dividido.
São dois em um amor, sublime selo
que a vida imprime cor, graça e sentido


``Amor'' - eu disse - e floriu uma rosa
embalsamando a tarde melodiosa no
canto mais oculto do jardim, mas seu
perfume não chegou a mim.


O poema explica que uma pessoa através do amor
procura outro ser. Como dizem `` o amor só é amor
quando dois corações se unem em um só coração.
E quando um ser encontra o outro ser a vida passa a
ficar mais alegre, mais colorida, compreensiva...


Karol, Gabriel S., Tuanni


ó que lance extraordinário:
aumentou o meu salário e o custo de vida,
vário,muito acima do ordinário,
por milagre monetário
deu um salto planetário.
Não entendo o noticiário.
Sou um simples operário,
escravo de ponto e horário,
sou caxias voluntário
de redimento precário,
nivel de vida sumário,
para não dizer primário,
e cerzido vestuário.
Não sou nada perdulário,
muito menos salafrário
é limpo meu prontuário,
jamais avancei no Erário,
não festejo aniversário
e em meu sufoco diário
de emudecido canário,
navegante solitário,
sob o peso tributário,
me falta vocabulário
para um triste comentário.
Mas que lançe extraordinário:
com o aumento do salário,
aumentou o meu calvário



Escolhemos esse poema pois ele é bem ''atual'' fala deum poblema que temos hoje; o salario que é uma merreca mais tdo mundo q ou melhor tdo mundo precisa.Pelo o qse le no poema percebe-se q e um cidadao pobre os trexos a seguir comprovam: sou um simples operario,escravo de ponto e horario,me falta vocabulario. Pelo q entedemos, drummond meio q criticou o governo,porque fala q aumentou o salario so mais um pouco um pouquinho tao pouco q naum serve pra ''nada''.Ah escolhemos esse poema pelas as rimas q e bem legal de se ler e q deve ter sido muito trabalhoso d fazer.Bem vamos ficando por aqui e comentem ai GALERA!!!!



*Elisa Vitoria
*Gabriel Costa
*Rafael Nogueira

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Reconhecimento do Amor

Amiga, como são desnorteantes
os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
onde se reclina a inquietação do forte
(ou que forte se pensava ingenuamente).
Trazias nos olhos pensativos
a bruma da renúncia:
não querias a vida plena,
tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida,
não pedias nada,
não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.
Descansei em ti meu feixe de desencontros
e de encontros funestos.
Queria talvez - sem o perceber, juro -
sadicamente massacrar-te
sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
desde a hora do nascimento,
senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História.
ou mais longe, desde aquele momento intemporal
em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
no caos universal.
Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
seu espada coruscante, seu formidável
poder de penetrar o sangue e nele imprimir
uma orquídea de fogo e lágrimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro
o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
quando - por esperteza do amor - senti que éramos um só.
Amiga, amada, amda amiga, assim o amor
dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
com olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos,
e a pura essência em que nos transmutamos dispensa
alegorias, circunstâncias, referências temporais,
imaginações oníricas,
o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
todas as imposturas da razão e da experiência,
para existir em si e por si,
à revelia de corpos amantes,
pois já nem somos nós, somos o número perfeito:
UM.
Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
e se confessasse jubilosamente vencido,
até respirar o júbilo maior integração.
Agora, amada minha para sempre,
nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
a melodia, a paisagem, a tranparência da vida,
perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.




O poema fala sobre amizade e amor, fala que a maioria das pessoas tem medo de amar, de se permitir amar, mas conta de um amor que acima de tudo era bom e quem amou não soube ver esse amor.
E depois que as pessoas vivem na procura de uma outra pessoa que seja o encaixe dela e que de acordo com com a convivência e a aceitação, as pessoas se sentem tão próximas como se fossem uma apenas.
Fala também de quantas coisasbonitas existem e a gente não pára pra perceber e reparar coisas pequenas e grandes, e do amor de amigos, que é tão verdadeiro quanto a beleza das coisas que existem e nós não paramos pra ver.
Achamos que no final ele revela um amor que surgiu da amizade é como se o poema todo ele fizesse o contraponto entre amor e amizade e o que pode surgir e acontecer a partir de cada um desses sentimentos. Fala e compara as belezas naturais que existem com amizade e amor.
Fala desse amor "proibido" que vem da amizade e que quatro coisas se tornam uma. Amizade, duas pessoas e amor se fundem em um aúnica coisa.
E que as vezes quem estamos procurando a vida toda está e esteve sempre ao nosso lado!


Grupo: Breno Guilherme, Frederico Silva e Lays Soares

Reconhecimento do amor

Amiga, como são desnorteantes
Os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
Onde se reclina a inquietação do forte
(Ou que forte se pensa ingenuamente).
Trazias nos olhos pensativos
A bruma da renúncia:
Não querias a vida plena,
Tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida,
Não pedias nada,
Não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.

Descansei em ti meu feixe de desencontros
E de encontros funestos.
Queria talvez - sem o perceber, juro -
Sadicamente massacrar-se
Sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
Desde a hora do nascimento,
Senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História,
Ou mais longe, desde aquele momento intemporal
Em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
No caos universal

Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formidável
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orquídea de fogo e lágrimas.

Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
Em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
Que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro,
O Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
Quando - por esperteza do amor - senti que éramos um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
Dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
Com o olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos,
E a pura essência em que nos transmutamos dispensa
Alegorias, circunstâncias, referências temporais,
Imaginações oníricas,
O vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
As chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
Todas as imposturas da razão e da experiência,
Para existir em si e por si,
À revelia de corpos amantes,
Pois já nem somos nós, somos o número perfeito: UM.

Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
E se confessasse jubilosamente vencido,
Até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
Nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
A melodia, a paisagem, a transparência da vida,
Perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.


O reconhecimento do amor:amor algo que nos leva a ser amigos,amantes e apaixonados dentro destes,desorientados frageis que se deixam levar,nos entregamos ao amor com tudo de ruim que temos e recebemos ao longo do tempo;quando Carlos Drummond diz:"desde aquele momento intemporal em que os seres são apenas hipoteses não formuladas no caos universal";percebemos no momento de formação das idéias que nos pegamos em um tempo nulo,fora do agora onde somos apenas uma eventualidade.Não reconhecemos o amor com medo, sendo covardes,cortantes reluzentes,superiores,delicados,quentes e tristes;vem tranqülo envolvido em doçura e divinos encantos;no jogo de pique-pega onde um pega o outro e o tem em si através dos atos de carinho.Realmente ao amor nos traz uma imaginação repleta de sonhos,nos faz voar,nos ilumina ainda na sombra, nos tornando um;a razao e a experiência não nos importa.Quando DRUMMOND coloca:"Levou tempo,eu sei,para que o Eu renunciasse a vaidade de pesistir fixo e solar,e se reconfessasse jubilosamente vencido,ate respirar o júbilo maior da integração,"percebemos que este ego que temos vai embora com alegria e demora ate se finalizar integrado e aalegre,nó dois enamorados tornando-se um.
Amando e sendo amados nos desligamos deste mundo, nos tornando cegos e surdos diante do mundo de tão perdidos que nos encontramos num fundo lugar além do mar.!!!!!
KELLY,LUARA E WALACE.

Reconhecimento do amor

Amiga, como são desnorteantes
Os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
Onde se reclina a inquietação do forte
(Ou que forte se pensa ingenuamente).
Trazias nos olhos pensativos
A bruma da renúncia:
Não querias a vida plena,
Tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida,
Não pedias nada,
Não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.

Descansei em ti meu feixe de desencontros
E de encontros funestos.
Queria talvez - sem o perceber, juro -
Sadicamente massacrar-se
Sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
Desde a hora do nascimento,
Senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História,
Ou mais longe, desde aquele momento intemporal
Em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
No caos universal

Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formidável
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orquídea de fogo e lágrimas.

Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
Em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
Que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro,
O Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
Quando - por esperteza do amor - senti que éramos um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
Dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
Com o olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos,
E a pura essência em que nos transmutamos dispensa
Alegorias, circunstâncias, referências temporais,
Imaginações oníricas,
O vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
As chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
Todas as imposturas da razão e da experiência,
Para existir em si e por si,
À revelia de corpos amantes,
Pois já nem somos nós, somos o número perfeito: UM.

Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
E se confessasse jubilosamente vencido,
Até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
Nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
A melodia, a paisagem, a transparência da vida,
Perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.


O reconhecimento do amor:amor algo que nos leva a ser amigos,amantes e apaixonados dentro destes,desorientados frageis que se deixam levar,nos entregamos ao amor com tudo de ruim que temos e recebemos ao longo do tempo;quando Carlos Drummond diz:"desde aquele momento intemporal em que os seres são apenas hipoteses não formuladas no caos universal";percebemos no momento de formação das idéias que nos pegamos em um tempo nulo,fora do agora onde somos apenas uma eventualidade.Não reconhecemos o amor com medo, sendo covardes,cortantes reluzentes,superiores,delicados,quentes e tristes;vem tranqülo envolvido em doçura e divinos encantos;no jogo de pique-pega onde um pega o outro e o tem em si através dos atos de carinho.Realmente ao amor nos traz uma imaginação repleta de sonhos,nos faz voar,nos ilumina ainda na sombra, nos tornando um;a razao e a experiência não nos importa.Quando DRUMMOND coloca:"Levou tempo,eu sei,para que o Eu renunciasse a vaidade de pesistir fixo e solar,e se reconfessasse jubilosamente vencido,ate respirar o júbilo maior da integração,"percebemos que este ego que temos vai embora com alegria e demora ate se finalizar integrado e aalegre,nó dois enamorados tornando-se um.
Amando e sendo amados nos desligamos deste mundo, nos tornando cegos e surdos diante do mundo de tão perdidos que nos encontramos num fundo lugar além do mar.!!!!!
KELLY,LUARA E WALACE.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O amor antigo


O amor antigo vive de si mesmo,não de cultivo alheio ou de presença.Nada exige nem pede. Nada espera,mas do destino vão nega a sentença.



O amor antigo tem raízes fundas,feitas de sofrimento e de beleza.Por aquelas mergulha no infinito,e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona aquilo que foi grande e deslumbrante,o antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante.



Mais ardente, mais pobre de esperança.Mais triste? Não. Ele venceu a dor,e resplandece no seu canto obscuro,tanto mais velho quanto mais amor.



Se o amor é antigo...É porque durou muito tempo... E se duraste por grande tempo, mesmo com sofrimento... Talvez seja pq encontrou a beleza... A beleza de amar... de sentir o mais sublime dos sentimentos... o mais inesquecível... o "mais ardente" !! ...Este amor de longa data, ja se acostumou com a distancia,não parece mais de saber se ama ou é amado...ele "vive de si mesmo,não de cultivo alheio ou de presença" O amor qd é antigo... "Hás de durar eternamente"...e isso pq "venceu a dor,e resplandece no seu canto obscuro,tanto mais velho quanto mais amor."



Priscilla, Pedro e Alan ... 1º B


ahuhuahua...

AMOR ANTIGO




O amor antigo vive de si mesmo,

não de cultivo alhei ou de presença.

Nada exige nem pede. Nada espera,

mas do destino vão nega a sentença.



O amor antigo tem raízes fundas,

feitas de sofrimento e de beleza.

Por aquelas mergulha no infinito,

e por estas suplanta a natureza.



Se em toda parte o tempo desmorana,

aquilo que foi grande e deslumbrante,

o antigo amor, porém, nunca fenece

e a cada dia surge mais amante.



Mais ardente, mas pobre de esperança,

Mais triste? Não. Ele venceu a dor,

e resplandece no seu canto obscuro,

tanto mais velho quanto mais amor.


Bem, sabemos que para se amar, é necessário ter duas pessoas... a que ama, e a que é amada, embora o amor tem a mania de "morar" em um só coração, e com isso o sofrimento é grande e o sentimento duradouro... mas então o tempo passa e o sentimento permanece... este é o amor antigo...
Aquele que ainda nos faz tremer as pernas e acelerar o coração, e que nos faz imaginar o que a pessoa amada está fazendo naquele exato momento...
Mas, ao mesmo tempo que o amor antigo é triste e doloroso ele possui uma beleza própria e alegria, porque como Drummond diz "Ele venceu a dor" e mesmo que não tenha fé, é mais forte do que qualquer outro sentimento.
... Ele brilha florescentemente em um canto, onde se tem pouca luz ou talvez nenhuma.
Sabe-se também que não há ninguém neste mundo, por mais orgulhoso ou machista que seja, que não teve ou tem um amor antigo e que não possa se identificar com este poema que Drummond nos traz!
Ass: Karem, Thayze e Weslayne

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A Lamentável História dos Namorados


Namorados, namorados,

não vos vejo mais alados,
sublimes, alcandorados
nos miríficos estados
de êxtases multiplicados
em horizontes dourados
de mundos ensolarados.
Estais casmurros, calados
entre carinhos cansados
e sonhos desanimados.
Que vos sucede, coitados?
Acaso foram arquivados
os projetos encantados,
alvo de finos cuidados,
pelos dois armazenados?
Onde os férvidos agrados,
os toques maravilhados
de vossos dias passados?
Namorados, namorados,
deixai-nos desarvorados!

Diviso em vossos semblantes

sombras, traços inquietantes,
diversos dos crepitantes,
abertos e fulgurantes
sinais festivos de antes.
Já não sois doces amantes,
não carregais, exultantes,
o suave peso de instantes
que pareciam diamantes
nos volteios elegantes
dos jogos inebriantes
e nos beijos delirantes
quando adultos são infantes
buscando refrigerantes
que em vez de serem calmantes
inda são mais excitantes.
Já não sois os banderantes
de descobertos faiscantes.
Diviso em vossos semblantes
amarguras humilhantes.

Chegou-me a resposta no ar,

após muito meditar
e livros mil consultar:
A inflação tentacular,
com guantes de arrebentar,
ferrou-vos na jugular.
Vosso anseio de morar
em casinha à beira-mar
ou qualquer outro lugar
desfez-se no limiar.
A recessão de lascar
nem vos deixa respirar,
e de empregos, neste andar,
quem ousa mais cogitar?
Um pacote singular
de rigidez tumular
desaba no patamar
da pretensão de casar.
Chegou-me a resposta no ar:
não dá mais pra namorar.





O poema romântico demonstra como os relacionamentos estao abalados, em crise, ou como a rotina ataca os casais nos tempos atuais. Os namoros não são mais como antigamente, não há aquele amor ou a intencidade de outros tempos, nao existe mais o sonho dos jovens de morarem em uma casinha na praia ou de viverem "felizes para sempre". O autor chama a atençao, para os namorados, os momentos, "os toques maravilhados" que antes existiam e nao se manifestam mais. As rimas são levadas ate o "ultimo caso" (quem leu o poema percebe, de cara, que cada estrofe possui a sua propria rima, desde o inicil ate o fim da estrofe) o que faz lembrar a rotina vivida pelos amantes. Os jovens nao podem se dar ao "luxo" de viver uma grande paixao, podem ate se apaixonar, mas, nao dura...há responsabilidades, emprego, a vida, "O sobreviver". Tudo isso desfez todo aquele romantismo, o conto de fadas, tornando o sentimento fraco e sem concistencia. "Chegou-me a resposta no ar: Nao da mais pra namorar."

Grupo:Elisa Guimarães, Vitor & Mateus - 1º ano:A

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Carlos Drummond de Andrade
Além da Terra, além do Céu,

no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Esse poema fala do amor.
O amor está acima
de tudo e vai além do que a gente possa imaginar. Ele vai além das coisas materiais ,sentimentais ,econômicas e politicas.
O que nós achamos legal no poema de Drummond ,foi o que ele disse no final sobre como devemos sentí-lo. Devemos amar de varias maneiras ,amar todos.
Enfim... como diz o Drummond, devemos "sempreamar", "pluriamar" , ou seja, AMAR É A VIDA!!!!!





Grupo: Larissa , Lívia e Rubem 1º A


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

VER E OUVIR, SEM BRINCAR

Ninguém pergunta mais:
--Você vai brincar no carnaval?
Brincar, irmão, quem pode brincar
se perdida foi a idéia de brinquedo?
Alguns ainda perguntam:
--Como é? Vai pular no carnaval?

Então é isso a festa: um pulo
e outro pulo e mais outro? Neste caso,
campeoníssimo seria o João do Pulo.
O que ouço dizer é simplesmente:
--Vai ver o carnaval?
Conclusão, anos 80:
Carnaval
é o visual.

Você não brinca mais,
nem mesmo pula mais
na rua hoje deserta, no salão
onde um suor se liga a outro suor
e ar condicionado é falta de ar.
Que pode o folião? Acaso existe ainda,
e funciona, essa palavra folião?
Folia, antiga dança rápida
que o adufe acompanha, no dizer
de sábio, antigo, dicionário.
Quem me dança a folia, quem folia,
quem fol ou fou, folâtre, folichon, folle,
fool, pratica o foliar?

Ah..sim, o sambista e sua escola
foliando para turistas e a distinta
Comissão Julgadora.Pontos!Pontos!
Quesitos mais quesitos!Briga feia
nessa programação oficial
que garimpa e governa o carnaval.
Foliam para os outros.Não foliam
pelo gosto
pela graça,
pelo orgasmo de foliar, loucura santa,
desabrochar do corpo em rosa súbita,
em penacho, batuque, diabo, mico,
chama, cometa, esguicho, gargalhada,
a cambalhota em si, o riso puro,
o puro libertar-se da prisão
que cada um carrega em sua liberdade
vigiada, medida, escriturada.

Então pego um sobra, vou olhar
ouvir
a cor, o som, o balancê padronizado
que rioturisticamente se oferece
ao mercado da vista e dos ouvidos.
Eu vejo, não me integro,
não participo, não sou o grande todo,
nem o grande todo é o mesmo todo e tudo.
Entre o olho e o desfile
a arquibancada corta o meu impulso
de ser com eles, ir com eles
pela rua afora,
pelo sonho afora.

A rua, onde ficou
a velha rua, seu espaço de brincar,
seu aberto salão a céu aberto,
sem entrada paga, sem cambistas
e fiscais?
O carnaval é rua, não teatro,
não show, produto industrial
monumental
a ser consumido numa noite
de lenta evolução
e classes divididas
pelo respeitável, público pagante.
Como comprar, como pagar
o que não tem preço e chama-se
alegria?

O carnaval do Brasil é uma das festas populares mais conhecidas do mundo, uma manifestação folclórica e cultural do povo brasileiro.
Há algumas décadas atrás, o carnaval era um evento anual de brincadeiras coletivas, feitas nas ruas, acompanhas por marchinhas para todas as idades, era uma festa popularmente brasileira que esbanjava alegria e entusiasmo nas faces das pessoas pois eram elas que faziam o carnaval.
Ao contrário do que é hoje, que já não se vê mais cidadão comuns brasileiros, de diferentes classes sociais participando desta festa que deveria ter como destaque eles próprios.
É raro encontrar pessoas que no carnaval estejam foliando, brincando nas ruas, cantando marchinhas.
Quando se fala na palavra carnaval, a primeira imagem que nos vem na cabeça são as escolas de samba, desfilando na avenida da Sapucaí, no Rio de Janeiro, disputando a vaga de melhor desfile de escola de samba do ano.Será que o carnaval ainda pode ser considerado uma festa popularmente brasileira?Afinal é restrito o número de cidadãos do Brasil que pelo menos assistem esse evento; o carnaval tornou-se basicamente um produto a ser exibido aos turistas, algo absolutamente visual e auditivo, em que as unicas pessoas que participam desta festa são os sambistas e sua escola de samba...pensando bem...nem eles estão realmente interagindo com o carnaval, pois a maioria deles não ''foliam" para causar a si mesmos alegria e satisfação e sim para impressionar os turistas e a Comissão Julgadora.
É notável que o carnaval já não é mais um festa popular e sim um festa particular,onde a alegria é basicamente um objeto a ser comprado, se é que ainda podemos atribuir uma definição ao carnaval como uma comemoração festiva de intensa alegria e risos puros.


Grupo:
Ana Gabriela A. Fernandes
Anna Clara C. Ribeiro
Gabriel Vitorett

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O tempo passa? Não passa.

Como o poema escolhido pelos alunos do 1o.B é o mesmo escolhido por nós, do 1o.A, iremos somente postar o nosso comentário para o mesmo poema (abaixo).




O tempo é o único mal irremediável, por mais que você queira ele não volta atrás. Mas é ele que nos faz crescer e amadurecer e ver tudo várias vezes mas com diferentes pontos de vista.
O tempo, infelizmente ou felizmente, passa para todos, só não passa para aquele que aprende com o tempo e que aproveita cada segundo.
E qual seria o melhor jeito de aprender o valor de um segundo senão nos braços de quem se ama?
O amor nasce do tempo mas é o tempo que ensina como amar porque por mais que a vida passe e o espelho não reflita mais a imagem de uma pele doce, jovem e gentil, fica gravado na lembrança o amor, como se fosse o de uma criança.
Analisando bem, podemos comparar o amor com o vinho em relação ao tempo: ambos se aperfeiçoam ao passar dos anos, onde o tempo dita as regras e no fi
nal, têm-se um lindo resultado, tanto na aparência quanto em sabor (no caso do amor, no sentimento).
Resumindo, podemos simplesmente dizer que o tempo faz a beleza do amor e que o tempo aparentemente pára para os apaixonados. E é isso que Drummond nos apresenta de tantas maneiras diferentes, o amor.


Grupo: Virginia, Angelo e Fernanda

O tempo passa? não passa.

O tempo passa? não passa
No abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça.
Do amor. florindo em canção

O tempo nos aproxima
Cada vez mais, nos reduz.
A um só verso e uma rima
De mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
Nem tempo a economizar
O tempo é todo vestido
De amor e tempo de amar

O meu tempo e o teu, amada,
Transcedem qualquer medida.
Alem do amor não há nada
Amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
Tanto o ontem como o agora
E o teu aniversario
É um nascer toda hora.

E nosso amor, que brotou.
Do tempo, não tem idade,
Pois só quem ama escutou
O apelo da eternidade

O poema começa dizendo que o tempo não passa o que não é verdade, pois o tempo passa e não espera ninguém, e já no primeiro verso podemos perceber o que Drumonnd quer dizer, o tempo passa, mas não no coração de quem ama.
Existem ai dois tempos o tempo real contado em minutos, segundos, horas, e o tempo do coração que é incontável.
No segundo verso vemos que o tempo real ou vital pode acabar, pois ali ele, diz que o tempo cada vez mais nos reduz a ser apenas uma lembrança a ser um verso, uma rima, ou seja, o tempo real acaba na morte, mas o tempo do coração não nos versos seguintes ele diz que o amor e o tempo de amar vão alem de medidas, amar é o sumo da vida.
E que esse amor não tem aniversario em que depois de um ano é comemorado, mas esse amor nasce de novo a cada momento ele é eterno, mas é novo e ele ainda diz “só quem ama escutou o apelo da eternidade”.


Alex, Renan e Tatyana

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Atirei um limão n´água ou a eterna repetição

Atirei um limão n'água
e fiquei vendo na margem
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem
Atirei um limão n'água
e caiu enviesado
Ouvi um peixe dizer
Melhor é o beijo roubado
Atirei um limão n'água
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam
Todo amor vive de engano.
Atirei um limão n'água
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.
Atirei um limão n'água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram
Quanto dói uma paixão!
Atirei um limão n`água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes.
Faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n`água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.
Atirei um limão n`água,
o rio ficou vermelho.
e cada peixinho viu
Meu coração num espelho.
Atirei um limão n'água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.
Atirei um limão n'água
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.
Atirei um limão n'água
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.
Atirei um limão n'água
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.
Atirei um limão n'água
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh'alma dolorida.
Atirei um limão n'água
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.
Atirei um limão n'água
Foi tamanho rebuliço.
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.
Atirei um limão n'água
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram
tu me terás esquecido?
Atirei um limão n'água
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho.
Fui passado pra trás.
Atirei um limão n'água
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabe:
você não ama, tortura.
Atirei um limão n'água
e caí n'água também.
Pois os peixes me avisaram
que lá estava meu bem.
Atirei um limão n'água
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.

AFF! Não agüentamos mais ler “atirei um limão n’água”...kkk¹²³!!!!!!!Essa eterna repetição, expressa o sentimento vivido pelo personagem ao se entregar à uma pessoa que não levou seus sentimentos a sério, isso é justamente o que acontece com algumas pessoas que amam sem ser amadas!
O limão que ele atirou n’água é o que ele sente após ter sido “desprezado” pela pessoa amada,uma sensação azeda! Já os peixinhos querem dizer os amigos que lhe deram ajuda e conselhos.
Esse poema chama a atenção dos adolescentes (principalmente meninas..sem preconceito Ok?), não precisamos nem falar por que ... mas pela grande insistência : simplesmente AMOR!!!!!!! O amor que nos causa sofrimento, como é retratado neste poema e que nos faz afundar como um limão afunda ao o atirarmos n’água!!!!!!!!!



*Ludmilla Marques Silva
*Raiane Gonçalves
*Rafael Igor Sales